Poesia do dia  

30/11/2013



Receita para esse tempo de chuvinha mansa: 
fogão a lenha, amigos e prosa. Mas antes dos "trabalhos"
aqui em Minas tem de rezar a 

ORAÇÂO DO MATUTO
Ói Deus, nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô.
Nóis pede dinhero , nóis pede trabaio, nóis pede pra chovê...
e se chove demais nóis pede pra pará,
Nóis pede amô, nóis pede pra casá,
pede casa pra morá, nóis pede saúde,
nóis pede proteção, nóis pede paiz
nóis pede pra dislindá os nó quando as coisa comprica, mode a vida corrê mió.
Quando a coisa aperta nós ora pedindo tudo que nos farta...
É uma pedição sem fim!!!
Mais hoje, Meu Sinhô Jésus, bateu uma coisa isquisita e eu me puis a matutá...
Nóis pede, pede e pede, mas nóis nunca pergunta:
Comé que o Sinhô está?
Se tá triste ou contente com nóis,
se carece darguma coisa que nóis pode fazê... e por esse esquecimento todo:
O Sinhô há de nos descurpá. Sô muito agradecido pur tudo! Num sô merecedô de coisa arguma. Mais amo o Sinhô, não só pelas coisa que pode me dá, mas pruquê o Sinhô ama nóis demais da conta.
Perdôa as nossas faias.
E fica de prontidão pq "as coisas" aqui tá difirce demaissss.
 [Do meu amigo Barbaça, 30-11-2013]

Envie este post por email

Criado por Amanda * Adaptado por FFlorion